sábado, 14 de abril de 2007

Rap do Tranqueira

Sentado na calçada
Cuidando da frieira,
Estava um caboquinho
Conhecido por Tranqueira.
É uma cara maneiro.
É um caboco bão.
Um dia viajou
E foi tocar em São João.
Ele era o mestre
Da nossa bateria
Ficava alucinado
Com a nossa alegria.
Lá no fundo do busão
Na última janelinha
Estava o Arialdo
Vomitando a batidinha.
Quando de repente,
Com gotas em sua testa
Ele encheu o peito
E acabou soltando esta:
"Não vai dá prá tocá,
a chuva acabou com a nossa festa!"
Tranqueira então virou
E disse sorridente:
"Não tá chovendo não,
Eu tô mijando aqui na frente!"
Aí meu camarada
Foi uma confusão
O riso tomou conta
Da galera no busão.
Tranqueira é um cara
Que morou no litoral,
Ele recebia a gente
Sempre no maior astral.
Um dia eu saí
Com uma menina de lá,
Tranqueira arrumou
Um quartinho pra eu ficar.
Depois de algumas horas
Ele teve uma surpresa,
Quando entrou no quartinho
A luz já estava acesa,
O colchão tava molhado
Com o sangue da princesa.
Então ele saiu
E foi me procurar.
Eu estava lá na praia
Com a galera a gargalhar.
Tranqueira então falou:
"Você deu uma facada?"
Eu disse então sorrindo:
"Ela tava menstruada!"
A gente ficou rindo
Daquela situação
Voltei para o quartinho
Para lavar o colchão.
Este cara é um barato,
Ele é um grande parceiro.
Um dia conversou
Consigo mesmo no banheiro.
Olhou para o espelho
E já pensou besteira
Olhou-se bem nos olhos e disse:
"Você é o Tranqueira!"

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