domingo, 28 de fevereiro de 2010

RELIGIAO, CAPITALISMO E SONHO

É certo que o grande mal do milênio é a depressão. Segundo especialistas no assunto a depressão resulta do excesso de tristeza. Nunca o mundo foi tão triste. Pessimismo ou não, disto todos concordam. Algo estranho está no ar. Desastres, guerras, separações, traições, desavenças...Isto cada vez mais faz parte do nosso cotidiano.
- Que culpa temos?
- O que podemos fazer?

Voltando ao passado podemos achar algumas explicações. O homem “fudeu” tudo. Nós complicamos tudo. Nós jogamos de corpo e alma para filosofias que só nos trouxeram tristeza até hoje. Muita tristeza. Tanta tristeza, que o coletivo dela virou doença, virou depressão.
A questão foi seguir filosofias cruéis. Entregamos nosso corpo para o capitalismo e nossa alma para religião, e esquecemos dos nossos sonhos. Talvez não seja atoa que quando dormimos sonhamos com árvores, animais, rio, céu, estrelas, pessoas, amigos...Quase ninguém sonha com dinheiro ou com santos de barro.
Deixamos a vontade de ser escritor para ser dentista ou farmacêutico; deixamos a vontade de cuidar da terra para vestir ternos da Armani; deixamos amigos por causa do carro do ano.
Fizemos tudo errado. Destruímos nossa saúde para ganhar dinheiro.Esquecemos a natureza para ganhar dinheiro. Vendemos nossos sonhos para o capitalismo....Mas tudo bem: “- Sábado vou à missa, Deus perdoa!!! E vai ter festa da padroeira, vou encher a cara...não posso beber muito, pois segunda tenho que bater o cartão.”
Ficamos presos a teorias antigas. A livros antigos. E o tempo está passando. A vida não espera e nem quer saber se Deus está para a bíblia como o tempo está para nós. O tempo não quer saber de nossa preguiça. Ele não está nem ai para nossa burrice. Não é certo esperar o tempo explicar, se temos capacidade para isto.
Temos capacidade para entender que a religião só confundiu.
- É tão difícil entender isto?
- Ainda não deu para entender que religião e capitalismo sao os culpados por tudo?
- Ainda não está claro que estas instituições mascaram, destroem e sugam nosso sonhos?
Primeiro veio o judaísmo com um livro que só julga. Depois um rei doido manda matar o filho de Deus e inventa o Cristianismo. Não satisfeitos cobrem a cara das mulheres, explodem torres gêmeas e criam homens bombas....Tudo em nome de Alá.
Isto é ser fiel ao amor e respeitar o próximo?

E a parte econômica então? – Ai sim fuderam tudo! Inventaram um sistema que dez porcento do planeta fica com noventa porcento do lucro. Inventaram um sistema que a sorte manda no destino. “Se você nascer numa família economicamente boa, você se dá bem; senão, sorte meu caro amigo.”
Enquanto a religião nos dá uma doença e depois querem nos iludir com a cura, o capitalismo arrebenta nossa sobrevivência nos roubando descaradamente. Por fim nossos sonhos ficam para segundo plano. Nossos desejos ficam presos ao desejo da maioria. A individualidade também nos foi roubada.
Cada um pensa de um jeito. Filosofias não foram feitas para finalizar nenhum desejo. Teorias não tem nada a ver com desejos, com sonhos. Não é justo vomitar idéias e obrigar-nos a engolir “goela a baixo”. A vida, os sonhos, as idéias são individuais. Você pode concordar em alguma coisa com seu amigo, mas isto não te dá a obrigação de ser igualzinho a este seu amigo em tudo. Só o amor e o respeito pelo próximo deve ser unânime. Os nossos sonhos não podem serem vitima dos sonhos e das teorias malucas dos outros.


“Lute pelo seu sonho e veja onde a religião e o capitalismo está certo ou errado. Eu fiz isto e hoje sou uma pessoa melhor, pois o tempo está passando....está passando.....está passando.”


Glauco Viana

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

La na praca do Zoro passa boi, passa boiada

Lá na praça do Zoro passa boi passa boiada,
Passa salameiro e capivara
Passa o Claudinei com a cara emburrada,
Passa o Batatinha com sua gostosa namorada.

Passa a Loira da Chapada que é a Mauricea do Zaqueu,
Passa a Jaqueline do Tadeu, o Dito do Ageu, a esposa do Romeu,
Só não passa o Zaqueu, pois ele morreu.

Lá na praça do Zoro passa boi passa boiada
Passa criança e adulto
Adúlteros e molecada
Religiosos e ateus.....E motoqueiros gays indo para parada.

Passa ourenses e pessoal feio da cachoeira
Passa pobre e pessoaR rico que foi para Sum Paulo,
Passa Seu Paulo, Seu João, Seu Paris e Seu Verdinho discutindo o problema ambiental do urânio encontrado nas pedregulhos da praça do Zoro onde passa boi, passa boiada.

Lá na praça do Zoro passa boi, passa boiada
Passa a Regina Pires com o Airton Rosa com a blusa amassada
Passa o Jaiminho da Cila e o Cassiano com a vara de pescar quebrada
Passa Andreza do Carlos Renato com a cara fechada procurando o Charles nos bares dando umas piritadas.
Passa gente feliz, gente triste, gente descalça e gente armada.

Passa a Mariana do Benegudisson indo para o “pondeombus”
Passa a Zezé do Zé Janir com duas latas de “mastomati”
A Maria do Zé Varti com 10 “bardi” comprado na festa da Nossa Senhora por um reaR.
Passa também o Tio Danier e o Tio Rubinho passando maR quando o Rei Zezé não consegue votos para comandar.
Lá na praça do Zoro passa tudo que você imaginar.

La na praça do Zoro passa boi, passa boiada.
Passa Elton da Célia com a boca cheia de cocada
O Rinaldo do Zé Rosa com seu chá para a moçada
Passou o Dilino com flores para molherada
Passou a Gerarda Parda dando bengalada.....e também Dona Lucinda dando joelhada.
Passa tanta gente feliz, gente triste, gente descalça e atualmente a policia dando muita pancada.

Passa o Juninho da Áurea com a cara desbotada e a bíblia também desbotada.
Passa a Katiany Nazaré descabelada
A Kátia da Nívea com sua dieta com calorias milimetradas.
Passa o Gelton com sua chuteira furada
Passa o Pó com a mão esticada
A Karina do Paris com a Mariana enfeitada.
Passa o Batista com sua moto importada
O Jamanta com a caRca apertada.
Passa a Lourde Bueno com a roupa engomada
E a Fia do Tia Cesário com a mão ocupada.
La na praça do Zoro passa tudo que Ouros tem de melhor e de pior...passa gente triste e gente animada.

Lá na praça do Zoro passa boi, passa boiada.
Passa amigos eternos...Infinitamente eternos.
Passa sorrisos eternos...Abraços fraternos.
Passa historias, recordações, emoções....Passa boiada de risadas, boiada de corações e mentes inteligentes que não cansam de passar na praça Zé Maria de Souza.

Glauco Viana

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O PODER DA AMIZADE

Assistindo o video que nosso parceiro Leander acabou de postar imagino como seria se eu não fosse ourense. Talvez não daria tanta risada, não deliraria tanto e muito menos teria coragem de escrever tanta merda.
Nesta ocasião lembro muito do meu pai quando dizia que Ouros me amava. Ele se orgulhava da sua cidade e pregava um amor pela sua terra. Infelizmente precisou ele morrer para eu entender isto...Para entender que o amor de um ourense parece genetico....Saotomezando é algo transcedental....É Mercedemente emocionante.
As pessoas emocionam, as festas emocionam...O papo com o Leonardo da Mariana emociona. A experiência do Jaiminho da Cila emociona. O poder da amizade emociona.
Pode ser delírio, mas estar em Ouros, principalmente nostalgicalmente, emociona.
Olhar para amigos e lembrar da infância traz de volta a criança que corria da Neusa do Ico ou aquela que conversava horas com o Braim.
Olhar para amigos de infância traz de volta a irritante voz do Caetano arrepentando nossos tímpanos.
Graças ......Muita Graças ao Poder desta Amizade ourense.
Abraçar um amigo que há anos não se vê renova o espírito de porco que só os pichadores do grupao tinham.
Conhecer a mulher do Pratiado , o filho da Lucimara do Tatal e poder brincar com o filho da Leticia fazem as pernas querer correr atrás do Dilino.
Dar um abraço na Tia Te faz o coração palpitar.
Abraçar a mamãe faz o coração palpitar.
O verbo fala mais alto em Ouros...O “lembrar”, o “amar”, o “agradecer” fala mais alto num carnaval ourense.
O substantivo e o adjetivo não tem espaço no velho campeonato de inverno da quadra de baixo.
Nada tem mais importancia no coracao de um ourense que os amigos conquistados......


Espero contar sempre com este poder......

Glauco viana

Carnaval Ouros 2009 e 2010



domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ossos do Ofício


Trabalho numa gráfica rápida.
Certo dia, uma senhora nos encomendou convites para o aniversário do filho, que teria como tema o Mickey Mouse. O rapaz que trabalha comigo pegou o serviço e marcou a entrega para o dia seguinte. Quando ela voltou, foi atendida pela menina da recepção que sabia o tema da festa, mas esquecera o nome da cliente. A recepcionista, então, entrou na nossa sala e perguntou:
- Alexandre, você fez aqueles convites, da mulher do Mickey!?
E ele, atarefado demais no momento, não pensou muito para responder:
- Quem, a Minnie!?

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Trabalho na fiscalização de mercadorias em trânsito. Certo dia, minha equipe fazia uma blitz em carros de passeio, verificando se havia mercadorias sem nota fiscal no porta-malas. Parávamos os carros e dizíamos:
- Por favor, o senhor poderia abrir lá atrás?
Então verificávamos o porta-malas do veículo e, se houvesse mercadorias, pedíamos a nota fiscal.
Depois de algum tempo, um fusca parou. Um de meus colegas foi até o automóvel e repetiu a frase. De pronto, o motorista foi até a parte de trás e a abriu.
Meu colega, surpreso com o que havia ali, perguntou:
- O senhor tem a nota fiscal deste motor?
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Ao mostrar o hospital a alunos da creche, ouvi uma conversa entre uma menina e um técnico de raios X.
- Você já quebrou algum osso? - perguntou ele.
- Já - respondeu a menina.
- Doeu?
- Não.
- Sério? Qual foi o osso que você quebrou?
- O do braço da minha irmã.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Carnaval no Grupão

     Muita gente diz que o carnaval nos anos 80/90 em Ouros foram do "balacobaco". Mocidade Unida e Ilha do Sol faziam as graças na avenida. Os caminhões que outrora carregavam ramas e as mais tuberculosas das mandiocas, transformavam-se em nossos carros alegóricos. Subindo e enfumaçando a Domingos Rosa. Lindas cabrochas da Chácara, das Três Cruzes, do Quilombo, Pra Lá da Ponte, nos entorpeciam com suas formosas curvas em cima das carrocerias.
     Mas neste ambiente enlouquecedor não nos importávamos se o baile seria no clube ou no cinema. O importante era ir pro Grupão. O mais rápido possível. Esperávamos as "meninas de fora", mas "se não tem tu, vai tu memo"!
     Quantas amizades, namoros e casórios foram iniciados em baixo das mangueiras do Grupão. Os muros baixos, as sombras, o silêncio, o conhecimento da área, o medo de ser descoberto, a euforia da conquista, a realização dos sonhos, o assunto na praça no outro dia, reputações ameaçadas, segredos revelados, sentimentos compartilhados, piadas que se originaram, pixações e vandalismo. Uma mistura extremamente desafiadora para a memória, que vez ou outra mergulha nestas experiências num tipo de flashback.
     Mais um carnaval está chegando. Mais memórias irão florescer. Muito além do ABC, descobrimos a vida no Grupão!
  

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Beudo nos USA!

É impressionante!

Como o Zoro pode ser tão importante?

Um lugar por poucos conhecido,

Por muitos adorado,

Às vezes esquecido,

Às vezes admirado.

Tenho orgulho dos amigos,

Dos amigos de verdade!

Amo vocês!