quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Lenda da Perereca da Prexeca Encantada - Parte I

Diz uma antiga lenda que em Conceição dos Ouros, no úmido, sinistro, escuro, barulhento e enuviado Mato da Bexiga, localizado nas redondezas da Prainha, vivia uma perereca. Mas não era uma perereca qualquer não. Era uma perereca mágica. Nos idos do final do Século XIX, foi descoberta por trabalhadores de uma fazenda da região. Sua pele era de um azul hipnotizador, fora o fato de ser fosforescente. A perereca media cerca de 5cm e pesava algo em torno de 55g. Mas aquele azul fosforescente... ah! Era de deixar qualquer peão besta!
O encontro entre o homem e o pequeno exótico animal, deu-se perto de um acampamento de caça, onde encontravam-se 4 caboclos: Páris - o mais forte (aliás, muito mais forte!), Elton - o franzino, Ênio - o amolador de machado e Adriano, o feinho. Os quatro costumavam acampar próximo aos brotos de bambú que cresciam nos arredores dos extensos bambuzais às margens do Mato da Bexiga.
A noite estava calma, tranqüila como de costume. Ênio estava a acender a fogueira, Páris colhia alguns brotos de bambú com Adriano e Elton estava com os olhos fixados em um pontinho azul na mata fechada:
- Qui saiiiim?! Que porra de luz é essa? - perguntou Elton.
- É a chama da fogueira, idiota! - respondeu-lhe reativamente Ênio.
- Idiota foi seu pai que te pôs no mundo, "fedapóta"! - esbravejou Elton. Estou falando daquela luzinha ali naquela moita!
- Devem ser os dois pegando brotinhos de bambú para a janta.
- Mas que viadeza, hein? Tô falando daquele brilho pertinho da lagoa, porra!
- Vamô lá vê então!
- Demorô!
Chegando perto da referida lagoinha, os dois depararam-se com uma fotografia no mínimo curiosa: uma pererequinha, miúda, azul, esfregando sua genitália desnuda em um brotinho de bambú! Ao lado, Páris e Adriano estavam em transe. Seus olhos fixos na perereca. Eles pareciam estar completamente dominados pela estranha criatura.
- Fala mano! O quê que aconteceu? - indagou-lhe Elton.
- Cara... num tô "tintindo" minha língua. - respondeu Páris, sem desviar o olhar da criatura. Nós comemos dos brotos em que ela esteve se esfregando, estes com o caldinho azul.
- Vocês são loucos mesmo! Nem sabem que porra de perereca é essa, "fedapóta"!
- Só sei que o trem é bão!
- Foi quando Ênio, num súbito e estranho sinal de virilidade, apoderou-se da frágil e indefesa pererequinha e tascou-lhe a língua em sua prexequinha, degustando o suculento caldo azul que por ela escorria.
- Segura o cara, véio! Senão ele vai fazer cagada! "Fedapóta"! Não vai deixar nada pra nóiiisss!!!!
Neste momento, Páris e Adriano estavam num sono profundo, Ênio desmaiou com a boca escorrendo o néctear mágico, deixando a criaturinha de Deus nas suadas e anciosas mãos de Elton...

continua em breve...

3 comentários:

Anônimo disse...

EU QUERO UMA LAMBIDINHA!!!

Anônimo disse...

eu também quero uma...

Anônimo disse...

Foi nesse mesmo broto que o feinho sentou com o seu "feinho"???